Estou consciente que este é um tema que “dá pano para manga”. Cada pessoa tem uma tese sobre o peso de cada um desses aspectos na sua vida. Uns dirão “primeiro minha carreira e que o resto se exploda!”. Outros, que a vida pessoal é tudo e esta será sempre priorizada (está aí a geração Y para não me deixar mentir). Já os workaholics, focarão só a empresa, custe o que custar.
Dependendo dos valores pessoais, a escolha será feita. Uma vez escutei que a vida de uma pessoa está ancorada num quadripé e que normalmente está mais reforçado num ponto e, por consequência, mais frágil em outro: afetivo (emocional), familiar, profissional e social (amigos). Apesar de distintos, dependemos de um certo equilíbrio entre eles para que um ponto não consuma a energia do outro. Exemplos: por melhor que seja sua carreira, claro que uma vida afetiva faz falta; por mais unida que seja a família, o fracasso profissional também pode frustrar o seu parceiro; alguém que olha só para a própria carreira e esquece de focar suas energias na empresa, logo, logo vai dar-se conta do tiro no pé que está dando, assim que a empresa começar a afundar e levar todo mundo junto: a sua carreira e, por consequência, abalando sua vida pessoal.
Por que não tentarmos ver esses três pontos (carreira, empresa e vida pessoal) realmente integrados? Não seria bom ter estas três “entidades” sempre presentes no seu pensamento? Muitas pessoas dizem que quando estão de férias não querem nem lembrar que sua empresa existe. Só posso concluir que a empresa, nesse caso, é “algo do mal”. Outros esquecem da importância daquele happy hour , mesmo que eventual, mas que tanta diferença faz no balanço geral que inconscientemente fazemos e que nos dá a sensação de mais ou menos satisfeitos com nosso dia-a-dia.
Pessoas satisfeitas costumam tem uma visão positiva quanto à carreira, empresa e vida pessoal, sem achar que uma coisa interfere negativamente na outra. Elas estão atentas às idéias que surgem no dia-a-dia e que podem melhorar cada um desses aspectos. Claro que um empresário tende a estar mais sintonizado com os assuntos que dizem respeito de imediato à empresa do que os funcionários. Porém, percebo que os líderes que se formam nas empresas são aqueles que normalmente melhor cuidam dela, valorizando-a e trazendo novas idéias para que se torne cada vez mais um espaço para seu crescimento. Ao contrário da turma do “o que importa sou eu, a empresa que se...”.
É fácil ficar na janelinha vendo o mundo passar e esperar que a satisfação chegue de graça. Mas não funciona, precisamos “nos puxar”. Nossa energia precisa estar presente e, com certeza, a satisfação de cada um dos aspectos que falamos, contamina por osmose os demais, positivamente.
Aproveite bem o seu dia!
Leandro Ribeiro Ceccato
Diretor Comercial
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