Quero lhe propor uma rápida reflexão: numa conversa com amigos ou colegas, você é o tipo de pessoa que costuma fazer mais perguntas ou afirmações? Você conversa ou faz discurso?
Durante a infância, existe uma fase em que a criança começa a perguntar sobre tudo que está a sua volta. O que é isto? Por que é assim? Por que, por que, por que... Com o passar do tempo, passamos a escolher as respostas que achamos mais adequadas e passamos a criar nossas próprias “verdades”. Claro que a vida nos dá subsídios suficientes para formarmos nossos conceitos sobre o que achamos certo, errado, melhor, pior, etc... E isto é muito bom! Imagine ficarmos sempre nos questionando sobre todos os assuntos que tratamos durante o dia e nas conversas com nossos amigos. Certo que seríamos vistos como um chato que questiona tudo e ainda acaba, muitas vezes, ficando em cima do muro.
Recentemente assisti a uma palestra do Mario Sergio Cortella, durante a ExpoVendaMais, em Curitiba. Além de filósofo, comentarista e alguns títulos que constavam no currículo deste cidadão, ele é professor e ilustrou sua palestra chamada Mudança e Inovação, por dezenas de vezes, com o seguinte monólogo: “Eu já sei dar aula? Até certo ponto...”. Num curto artigo como este, é difícil contextualizar os detalhes do raciocínio do palestrante naquele momento porém ficou um “dever de casa” na minha cabeça que tem me feito pensar a respeito e acho que vai me ajudar muito tanto na minha vida profissional quanto pessoal: quantas verdades eu criei e que podem estar limitando meu crescimento? Quantas pessoas interessantes já passaram por mim e deixei de aprender com elas? Quantas oportunidades eu perdi por rotular escolhas como certo e errado? Quantos lugares eu deixei de visitar por não me interessarem a primeira vista?
O óbvio é limitante. Acreditar sempre nas nossas respostas é cômodo, não dá trabalho. O problema é que quando temos certeza demais sobre uma determinada coisa, deixamos de ver outras possibilidades. Tente levar este conceito para sua vida. Será que o caminho de sucesso para sua vida profissional ou para sua empresa é este mesmo que você escolheu? Será que aquele perfil de pessoa que você gostaria como parceiro na vida a dois tem que ser exatamente assim? Será que a sua região é a melhor para a sua empresa? Será que o perfil da sua equipe é mesmo o mais adequado? Será, será, será....!!! Longe de mim tentar colocar dúvidas constantes nas suas opiniões. O que eu quero sugerir é que você faça menos juízos antecipados e leve em conta que sempre existem alternativas criativas para suas decisões. Sem querer ser clichê, existem sim diversos caminhos para chegar ao seu objetivo. E será que o seu objetivo poderia ser diferente?
Crie cenários para sua vida, para seu emprego e sua empresa. Imagine como as coisas seriam se você tomasse outro caminho. Pense como será sua empresa no futuro seguindo o mesmo ritmo e para onde o mercado está andando. Enfim, questione mais, dê mais oportunidades para que as idéias que as pessoas lhe dão possam ser de grande valia para sua vida.
Leandro Ceccato
Site Express – Diretor Comercial
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